Os neutrinos vêm em 3 "sabores" diferentes, que estão ligados à forma como são criados através de decaimentos radioactivos e/ou reacções nucleares. Os 3 tipos de neutrinos são: neutrinos do electrão, neutrinos do muão e neutrinos do tauão. Cada um destes neutrinos tem o seu correspondente em antimatéria, denominado de antineutrino.
O problema dos neutrinos solares foi levantado nos finais dos anos 60 quando Raymond Davis e John Bahcall se propuseram a detectar o fluxo de um dado "sabor" de neutrinos provenientes de uma certa reacção nuclear no sol e detectaram apenas um terço do fluxo previsto pela teoria standard.
Depois de vários anos de estudo e de inclusivamente se pôr em causa o modelo standard, Bruno Pontecorvo previu que um efeito quântico poderia fazer com que um neutrino criado com um certo "sabor" poderia mais tarde vir a ser detectado com um "sabor" diferente. E previu também que a probabilidade de medir um certo sabor num neutrino varia periodicamente enquanto este se propaga. Esta oscilação de neutrinos e consequente resolução do problema dos neutrinos solares foi observada no detector SNO (ver imagem) através da medição do fluxo de neutrinos provenientes do sol durante o dia e durante a noite (à noite os neutrinos têm que atravessar toda a terra até chegar ao detector).

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