sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mindfulness

Desafio-o a fazer o seguinte exercício (é bem mais difícil do que parece) e que responda no final às questões:

1 - sente-se numa posição confortável e durante um período de tempo (ex. 15min) onde não seja interrompido

2 - foque a atenção na respiração (só isso mesmo, "inspirar-expirar-inspirar-expirar"...não tente controlar a mesma, esteja apenas consciente dela) - esta será a sua "âncora"

3 - mais tarde ou mais cedo, a sua "máquina de pensar" vai começar a trabalhar e "levá-lo" para outros sítíos, fazendo com que perca a concentração. No momento em que se aperceber disso já não está perdido - gentilmente recoloque a atenção na respiração

4 - ao fim de alguns minutos concentrado na respiração, tente agora estar atento à sua mente e à sua atenção. Nesta fase comece a catalogar onde se foca a mente (ex. ouve o som de um pássaro, catalogue "som"; sente comichão, catalogue "sensação"; tem um pensamento qualquer, catalogue "pensamento", etc...). Faça este processo sem julgamento e caso sinta que foi "atrás" de algum pensamento, gentilmente volte novamente a atenção para a sua âncora - a respiração.

6 - se conseguir fazer o passo anterior vai-se deparar com um fenómeno interessante ao fim de algum tempo: conseguir "observar" a sua própria mente...


As questões que quero colocar são (coloco em Inglês que soa sempre melhor):
A - Who's aware of the thinking mind?
B - Who's aware of the awereness?


Não precisam de me dar a resposta. O importante é o processo de reflexão e de libertação da "mente pensante"...

domingo, 14 de junho de 2009

Meditar


Há um preconceito generalizado de que a meditação é uma actividade religiosa ou que para meditar é necessário a pessoa ter um ar estranho, um roupão cor-de-laranja e emitir paz e amor a toda a hora...

Pois bem, lamento informar mas é mesmo apenas uma crença...

Existem práticas meditativas que se enquadram nesse tipo de perfil, sim, mas existem outras perfeitamente "normais" e com imensos benefícios para a saúde (ver abaixo).

Durante o processo meditativo (posso falar sobre o que é a meditação noutro post, caso vos interesse) existem um conjunto de fenómenos interessantes que normalmente acontecem:

- a amigdala, que uma das funções é "disparar" alertas aquando de ameaças é "desligada";
- o fluxo sanguíneo decresce no lobo parietal, lobo que está relacionado com a orientação espacial e com a "marcação" da distinção entre nós e o mundo exterior;

- o lobo temporal, cuja função é "marcar" a passagem do tempo, mantém-se parado;

- o lobo frontal torna-se activo, principalmente do lado esquerdo.


O conjunto destes processos cerebrais leva uma sensação de que existe uma realidade absoluta maior que a "realidade do dia-a-dia". Esta sensação provoca normalmente um bem-estar fantástico.


Mas não é só a nível perceptivo que existem mudanças. Quanto a benefícios da prática regular da meditação temos:

-optimização do processo de auto-percepção e maior facilidade na integração de experiências subjectivas (Craven, 1989)

-optimização do processo de memória (Atwood e altin, 1991)

-aumento do vigor (Kutz et al 1985)

-aumento do nível geral de felicidade e alegria , pensamento positivo, concentração e capacidade de resolução de problemas (Shapiro, 1992)

- aumento da aceitação, compaixão e tolerância para com os outros (Dua e Swinden, 1992)

- aumento dos níveis de relaxamento muscular, resiliência e controlo emocional (Scheler, 1992).


Se alguém ficou interessado aconselho vivamente a técnica "Mindfulness", muito usada em psicoterapia, desenvolvida pelo Dr. Jon Kabat-Zinn, Médico na University of Massachusetts Medical School e fundador da Stress Reduction Clinic, uma das instituições de maior renome mundial a nível de stresse.

Está à espera de quê?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Home

Há mensagens que se elevam acima de todas as temáticas.

Esta além de ser uma delas, é urgente e pode ser vista aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU

Só temos esta casa pra viver. É a escolha de cada um o passo que dá a seguir.

Um abraço,
Vasco