Embora o nosso planeta esteja continuamente a ser bombardeado por partículas com energias muitas ordens de grandeza superiores às conseguidas no acelerador do CERN, esta é a primeira vez em que se consegue atingir esta gama de energias de um modo controlado e de onde se conseguem tirar todo o tipo de conclusões sobre os fenómenos físicos que estariam presentes no início do universo (é suposto que quando o LHC estiver a correr na sua energia máxima, 14 TeV, a temperatura corresponda à existente apenas 1 bilionésimo de segundo após o Big Bang).Embora a experiência tenha corrido como esperado, à parte de alguns atrasos gerados por problemas na admissão de protões no feixe principal, novas descobertas são esperadas daqui a bastante tempo, visto que é necessário não só entender os resultados mas também excluir todas as possibilidades de erro.Este é sem dúvida uma altura em que devemos dar os parabéns à humanidade por conseguir juntar pessoas de todas as raças e credos (embora deva admitir que a maioria das pessoas envolvidas não terão nenhuma crença religiosa) e construir uma máquina que suplanta em complexidade em larga escala todos os feitos humanos até então.
A ciência está hoje de parabéns.
Ah, e até agora ainda nenhum buraco negro foi criado.
